No Domingo do dia 22 de Janeiro de 1905 (9 de janeiro, segundo o
calendário seguido pela Rússia na época), foi organizada uma
manifestação pacífica e em marcha lenta, liderada pelo padre ortodoxo e
membro da Okrana, Gregori Gapone, com destino ao Palácio de Inverno do
czar Nicolau II, em São Petersburgo, com o objetivo de entregar uma
petição, assinada por cerca de 135 mil trabalhadores, reivindicando
direitos ao povo, como reforma agrária, tolerância religiosa, fim da
censura, e a presença de representantes do povo no governo. Segundo
algumas fontes, durante a caminhada, eram cantadas músicas religiosas, e
também a canção nacional “Deus Salve o Czar”.
Sergei Alexandrovitch, grão-duque, ordenou que a guarda do czar não
permitisse que o povo se aproximasse do palácio, e mandou-os dispersarem
a manifestação. O povo não se mexeu. Então, a guarda, ao ver que não
seria obedecida, disparou contra a multidão. A manifestação rapidamente
se dispersou deixando centenas de mortos.
Este episódio ficou conhecido como o Domingo Sangrento, e foi o estopim
para o início de um movimento revolucionário. O povo estava indignado
com a atitude do czar, que até então, era visto com bons olhos por eles.
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